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Consultório Turístico

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Páscoa em Portugal

20.03.13 | Damiana Sousa

Agora que estamos quase a chegar à Páscoa, a proposta desta semana leva-nos de Norte a Sul de Portugal, procurando pelas tradições pascais que marcam o nosso País. Difícil vai ser escolher o local onde pode viver de perto esta época importante do calendário Cristão.

 

- Em Braga, na quarta-feira da Semana Santa realiza-se a Procissão de Nossa Senhora da Burrinha. Na Quinta-feira as ruas enchem-se de pessoas com a Procissão do Senhor "Ecce Homo" e na Sexta-feira Santa lembra-se a Morte e Paixão de Cristo com o Enterro do Senhor.

 

- Os párocos de Valença, em conjunto com os de Cristelo Côvo, Sobrado, Tui e Galiza, atravessam de Barco o Rio Minho, cruzando os compassos pascais dos dois lados da fronteira a meio da travessia. Diz a tradição que os Sacerdotes devem levar a cruz a beijar à outra margem do rio, como mostra de bom relacionamento.

 

- na Vila Transmontana de Montalegre, a "Queima do Judas" mostra-se como uma sátira à abstinência quaresmal e serve também para castigar o apóstolo, que não representa mais que um bode expiatório do sacrifício que se realiza na Quaresma. O Judas pode ser destruído pelo fogo, por espadas, por apedrejamento, por afogamento ou ser simplesmente enterrado.

 

- Freixo de Espada à Cinta mantém a tradição de realizar a "Procissão dos Sete Passos". Acontece na Sexta-feira Santa e mantém as suas caracteristicas medievais. A "Velhinha", com um cajado numa mão e uma lanterna alimentada a azeite noutra é a personagem principal. Salienta-se outro elemento, que é uma bota cheia de vinho, representando o sangue derramado por Cristo. A Procissão é peculiar por demorar 2 horas a percorrer 100 metros.

 

- emTondelarealiza-se, da noite de sábado para o Domingo de Páscoa, a "Queima e Rebentamento do Judas". Esta festa de raízes pagãs, reúne gentes e culturas, onde se acredita que o fogo lava todos os males.

 

- Castelo de Vide tem o seu ritual marcado por chocalhos, que no sábado de Aleluia saem à rua para celebrar a alegria. O Domingo da Ressureição é vivido pela Festa das Flores.

 

-S. Brás de Alportelassinala o Domingo de Páscoa com a esta das Tochas Floridas. Esta procissão sem santos enche as ruas de flores, as varandas estendem as colchas brancas e os homens caminham com tochas nas mãos. São três toneladas de flores a colorir a manhã de Páscoa.

 

Em todos os locais onde se recebe o Compasso Pascal, as pessoas, durante a Semana Santa, têm o cuidado de limpar a fundo as suas casas. No Domingo de Páscoa, já esta uma mesa posta onde recebem a Cruz de Cristo. Não faltam o pão-de-ló, o queijo, o vinho, as amêndoas e o envelope destinado à Paróquia.

 

 

fonte da imagem: ptlnm.wordpress.com

 

Cascais

13.03.13 | Damiana Sousa

Cascais já foi uma das estâncias balneares mais famosas da Europa e as "férias na Linha" eram procuradas por muitos nacionais e estrangeiros aliciados pelo clima ameno, pelas águas calmas e pelo cheiro a glamour da aristocracia europeia, que ainda se sente nas casas apalaçadas, nos hóteis e nos hábitos.

O Largo de Camões assinala o centro histórico da Vila repleto de vida, fruto do bulício das esplanadas. Pela Rua Direita descobrem-se as lojas e vendedores de rua e aqui perto, existem as famosas feiras de Cascais onde se podem adquirir belas peças de artesanato.

Descendo em direcção à Costa, há tempo para apreciar o edifício da Câmara Municipal, antiga residência dos Condes da Guarda, datado de meados do século XVIII.

Dê um saltinho até à Praia dos Pescadores, onde poderá ter a sorte de ver pescadores a coserem à mão as suas redes, junto dos barcos coloridos. Um pedacinho de tradição que não abandona as gentes de Cascais. Na zona da Cidadela descobre-se o Museu do Mar D. Carlos. Mesmo em frente à Igreja Paroquial, este edifício homenageia o legado marítimo de Cascais e de D. Carlos I, o monarca que implementou o primeiro laboratório de oceanografia em Portugal. O espólio conta com núcleos para história natural, arqueologia subaquática, pesca, vestígios de barcos naufragados e um espaço dedicado ao Rei D. Carlos I.

Faz-se uma pausa merecida no Parque Marechal Carmona. Construído na década de 1940, resulta da junção dos jardins do Palácio dos Condes de Castro Guimarães com a propriedade do Visconde da Gandarinha. O recinto extremamente arborizado possui diversos esconderijos, amplos relvados, canteiros e pavões que passeiam por entre a vegetação. É constituído por um lago com cisnes, por um mini zoo e por espaços juvenis como a biblioteca e o parque.

Seguimos para o Farol de Santa Marta. Este Farol-Museu conta com um espaço de exposições criados nas antigas residências dos faroleiros. É possível também aceder às amplas plataformas com vista para o mar. Daqui à Boca do Inferno é um saltinho. É uma das grandes atracções de Cascais pela influência da força do Atlântico contra os rochedos. É o local ideal para terminar a visita, apreciando o espetáculo das enormes ondas a desvanecerem-se contra os rochedos.

 

Boa viagem!

 

Cascais

fonte da imagem: http://www.mochileiros.com

 

Gravuras, Flores e Rio Douro

06.03.13 | Damiana Sousa

Os primeiros sinais de Primavera surgem nos maravilhosos vales do Douro, onde as Amendoeiras dão os seus primeiros sinais de vida. Um imenso tapete de cor invade a vista e a paisagem. A região de Vila Nova de Foz Côa oferece-nos esta pequena maravilha... mas tem muito mais a explorar.

O percurso inicia-se a partir do famoso Parque Arqueológico do Vale do Côa onde se localizam as gravuras rupestres. A visita é feita em viaturas exclusivas do Parque, mas grande parte do percurso é feita a pé em terreno acidentado. É aconselhável reservar com antecedência.

Castelo Novo é a próxima paragem e enquanto seguimos pela estrada, somos brindados pela magnífica paisagem dos vinhedos em socalcos.

Chagando ao imponente miradouro, perdemo-nos no meio da história que conta desde a Idade do Cobre e Bronze (III e II milénios A.C.). Os vestígios arqueológicos ainda não permitem decifrar se aqui existiu um povoado fortificado ou se se tratava apenas de um local monumentalizado.

Retoma-se o caminho com destino à Vila de Freixo Numão. Bem no centro, a Fonte da Bica, construída no reinado de D. João V dá-nos as boas vindas, abrindo-nos passagem para o Museu da Casa Grande. Instalado num Solar Barroco do século XVIII, alberga importantes mostras arqueológicas e etnográficas. No antigo jardim estão a descoberto ruínas e objectos de diversas épocas, onde se pode, inclusivamente, visitar uma Oficina para trabalhar o ferro, que foi reconstruída. No andar superior do edifício é possível aceder à capela anexa ao Solar.

A Rua do Museu conduz-nos até à Igreja Matriz e ao Pelourinho, mas é o Sítio Arqueológico do Prazo que se destaca pelas suas ruínas romanas e medievais. A Igreja Medieval apresenta variados tipos de sepulturas que nos indicam diferentes épocas e rituais religiosos distintos.

Regressamos ao centro da Vila para nos encaminharmos para o Moinho de Cubo. Admire esta notável obra de engenharia executada pelos romanos.

Seguimos agora em direcção ao Pocinho, fazendo primeiro uma paragem no Miradouro de Santa Bárbara das Mós que oferece uma visão panorâmica de serras e vinhedos. Observe o pormenor das lascas de xisto escuro que suportam os arames das vinhas.

Descendo para o Pocinho a paisagem é incomparável. A visita termina na Barragem onde existem caminhos que permitem percorrer as duas margens do Rio Douro. Não descarte a possibilidade de fazer um piquenique nesta zona.

 

Boa Viagem!

 

Castelo Velho

fonte da imagem: fozcoafriends.blogspot.com

 

Sítio Arqueológico do Prazo

fonte da imagem: http://quintadoarnozelo.no.sapo.pt

 

Barragem do Pocinho

fonte da imagem: http://www.alunos.esffl.pt