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Consultório Turístico

Um Blog de Técnicos para Técnicos e de Técnicos para Turistas. Tudo o que é preciso encontrar sobre Turismo, está aqui!

Da Régua a Montalegre

27.09.16 | Damiana Sousa

Quando damos conta, chegamos a destinos que nos marcam o coração. A região do Gerês é um desses destinos que nos conquista sem que possamos explicar porquê.

 

A nossa escapadinha começou pela Régua, onde, à beira do Rio Douro, pudemos degustar tranquilamente uma refeição ligeira, em jeito de piquenique. O Museu do Douro estava à nossa espera. Iniciámos aqui uma viagem pela história da mais antiga Região Demarcada do Mundo, repleta de pormenores, interactividade e curiosidades. Aqui no Museu a informação abunda, mas não cansa quem o visita. O espólio conta com a colecção de objectos etnográficos da Região do Douro, a colecção de rótulos e cartazes de Vinho do Porto e uma coleção de arte. São também inúmeros os objectos provenientes de instituições e particulares que enriquecem o Museu e permitem reviver a tradição duriense na cultura da vinha e dos vinhos. Dois pormenores muito engraçados e interessantes que encontrámos no Museu: a parede cheia de garrafas e o aglomerado de aromas característicos dos vinhos do Porto que podemos cheirar e pôr à prova o nosso olfacto!

O Museu está aberto todos os dias das 10H00 às 18H00, sendo a última visita aceite até 15 minutos antes do encerramento.

No fim da visita, pudemos degustar um Vinho do Porto de oferta e deliciar-nos com a paisagem sobre o Rio.

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 Museu do Douro

 

Seguimos em direcção a Outeiro, no Gerês. O sol do fim da tarde fazia brilhar os arvoredos por entre as estradas nacionais, até sermos surpreendidos com vacas a caminharem tranquilamente par a par com a viatura. É aqui que encontramos o coração do nosso Portugal Rural, tão esquecido quanto adorado.

Quando chegámos ao Hotel a hora já convidava ao jantar, ao qual brindámos com um belíssimo vinho verde tinto. Pernoitámos no Hotel Vista Bela do Gerês, onde fomos recebidos simpaticamente. Com o tempo limitado e para não perdermos nada daquela zona, programámos uma visita a Montalegre para o dia seguinte.

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Vista do Hotel

 

Montalegre é um desses destinos que me conquistou pela sua simplicidade tipicamente rural. Abraçada pela delicadeza do Gerês, mergulhamos numa Vila com traços medievais, impostos pelo seu Castelo.

Em Montalegre vale a pena começar no Posto de Turismo, para perceber um pouco melhor do território a explorar. Do Posto de Turismo temos acesso directo ao Ecomuseu de Barroso que nos surpreendeu pela diversidade tecnológica e pela importância dada aos sentidos: aqui podemos tocar, cheirar, ouvir e, sobretudo, maravilhar-nos com tradições tão preservadas, onde realmente podemos sentir o orgulho das suas gentes.

Recomendamos o Restaurante O Castelo - Casa de Campo, onde fomos simpaticamente recebidos, apesar do avançar da hora.

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 Castelo de Montalegre

 

A paragem seguinte fez-se em Pitões das Júnias para visitar a Cascata. A caminhada até à Cascata permite-nos absorver a imensidão, a calma e o silêncio do Gerês, pelo que só por si vale a pena. O percurso, que inclui um passadiço em madeira, tem cerca de 600 metros. Terminado o passadiço, vislumbramos, ao longe, a Cascata alimentada pelas águas da Ribeira de Pitões. Retomamos o caminho de volta, para uma visita ao pitoresco Mosteiro de Santa Maria das Júnias. O Mosteiro localiza-se num vale, onde é possível aceder a pé, apenas. O Mosteiro, no seu exterior, apresenta ruínas, ainda que o interior (apesar de estar fehado) está conservado e recuperado. O ambiente à volta do Mosteiro carrega um certo misticismo, pouco poético. Aqui, podemos ouvir também o cantar da Ribeira, a mesma que nos levou à Cascata.

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 Passadiço até à Cascata

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 Mosteiro

 

O fim do dia convida a mais uma refeição. Desta vez não recomendamos o restaurante, uma vez que o serviço e a refeição ficaram um pouco aquém das expectativas.

Abandonamos o Hotel no dia seguinte rumo ao Parque de Desportos Aventura: Pena Aventura, situado em Ribeira de Pena. Para quem gosta de adrenalina, o Parque é composto por uma variedade de actividades radicais, com óptimas infra estruturas e pessoal muito atencioso e prestável. O destaque das atracções é o Fantasticable que consiste num cabo com 1538m a uma altura de 150m, que liga os lugares de Lamelas e Bustelo, em que as pessoas podem “voar” nele a uma velocidade máxima de 130km/h, sendo considerado um dos maiores Fantasticable do mundo! Mas há mais por onde se aventurar! É só espreitar aqui.

É possível chegar e reservar as actividades na hora, sem necessidade de reserva prévia; o espaço conta também com um pequeno bar que serve refeiçoes e uma loja de produtos regionais. Aconselha-se o uso de calçado e roupa confortável.

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 Recepção do Parque Pena Aventura

 

 

E na simplicidade do nosso Portugal, encontramos cantinhos tão secretos que parecem mentira, vivemos experiências que marcam as nossas viagens e nos fazem querer descobrir mais deste território à beira mar plantado.

 

Boa viagem! :)